quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

NOITES EM CLARO

               
Sou fruto de toda expansão divina
Da consciência sagrada da noite
Sou forte, sou fraco
Por hora maldito, por hora sagrado

Sou eu quem abre tua carne
Como um lobo selvagem
E sou eu quem te leva ao cais
Depois de um longo dia de viagem

Nos dia que se passam
Só o amor tem espaço
Um amor contido e gritado
Mas, já não tão abençoado

Traçamos um caminho errado
Não nos levou ao esperado
Me perdi em seus beijos e amassos
Corpo e alma viciados

O tempo cessa para a solidão
Choro a ele para que ande
Mas, o seu mensageiro não dará senão
Uma hora de pura dor

E não importa o que eu faça
Essa abstinência não para
Tudo o que eu preciso agora
É de mais uma gole amargo
E de um sono bem embriagado
Pra sarar as noites em claro

Marcello Amate

Um comentário:

  1. O que parece é que o tal ser, o tal indivíduo em questão libertou-se da coerção exercida pela consciência coletiva que outorga sobre ele padrões e valores pré-estabelecidos de uma origem não muito conhecida.

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